quinta-feira, 26 de março de 2009

Engraçado, mas contido

Baseado em fatos reais (a quebra de uma grande empresa americana), esta refilmagem conta a história de um casal que tinha tudo e vivia muito bem. Quando estão prestes a construir uma piscina nos fundos da casa, o marido fica sem emprego porque a empresa onde trabalha vai à falência.
Com um enredo primário desses, é fácil imaginar um drama, mas As Loucuras de Dick e Jane de drama não tem nada. O casal central é obrigado então a recorrer a todos os meios para poder continuar tendo a vida que levavam antes.
Jim Carrey e Téa Leoni vivem Dick e Jane e têm uma química maravilhosa no filme, o que o deixa ainda mais divertido. Por incrível que pareça, Jim Carrey está em uma das suas atuações mais contidas ao se tratar de um filme de comédia escrachado. Sem muitas caretas, ele apela para sua desenvoltura corporal e – pasmem! – para uma comédia inteligente.
Téa Leoni não precisa de muito para ser engraçada. Como poucas atrizes, ela não se preocupa com o fato de fazer papel de idiota na frente das câmeras e como já diria seu maridão, David Duchovny, ela tem uma veia cômica, ou seja, é engraçada por natureza.
O filme ainda conta com a presença de Alec Baldwin num papel absurdamente a sua cara. Há tempos ele deixou os papéis de bonzinho e de mocinho e passou a fazer papéis de vilão e de cafajeste, que combinam muito mais com ele, que se rendeu completamente às comédias.
Este é, sem dúvida, um dos melhores tratabalhos de Carrey e, dentre as comédias, com certeza a mais inteligente. Ainda que você não seja um fã dele, assista ao filme. Ele pode te surpreender.
Melhores cenas: os roubos arquitetados pelo casal.

Um comentário:

Silvia disse...

Concordo plenamente com vc! Não tenho muita paciência mais pras caretas do Jim Carrey, mas ele está ótimo nesse filme, assim como a Téa Leoni. O filme é bom mesmo e achei bacana por ter como pano de fundo uma caso real. Dá pra encarar o Jim Carrey numa boa!